Sempre fui propensa a crises existenciais. Desde que eu me lembro por gente sempre tenho uma “idade de crise” aonde minha vida deve chegar e mudar completamente. Já foram os 15 anos, aonde magicamente minha vida ia virar uma série americana com muitos dramas e garotos (não, não foi assim que aconteceu). Depois os 18 anos, quando eu seria mais segura do que quero da vida (é, ainda não). Depois nos 20 anos. Sério, v i n t e anos, agora que tudo vai mudar e vou virar adulta! (Não, não foi dessa vez).
Hoje, 21 anos eu passo pelo o que é popularmente conhecido como crise dos 20. Não basta ser uma crise que foca o presente e no futuro próximo, mas uma repleta reflexão da minha vida e do que eu posso fazer para mudar. E que se eu quero estar em um ponto x da minha vida, preciso fazer n coisas pra que aconteça. Que sou adulta e sou totalmente responsável pelo o que eu vou fazer com a minha vida.
O Hank Green fez um vídeo muito bom uma vez sobre como criamos nós mesmos. Desde o que somos até nossas amizades e relacionamentos. E porque todas as pessoas criam, todas estão aterrorizadas em algum grau. O meu medo e de não fazer nada e minha vida continuar na mesma por eu não me esforço e acreditar em mim. Ou me esforçar, muito, e descobrir no final que não é exatamente o que eu queria. De uma forma ou de outra, fazer alguma coisa parece ser o caminho mais viável, mas não sei O QUE fazer.
A grande questão é: eu ainda não sei o que fazer daqui um ou dois anos. Não sei se continuo estudando e entro tento fazer mestrado. Se faço outra faculdade. Se presto qualquer concurso público para me estabelecer financeiramente e ter dinheiro para outras coisas. Se me arrisco a fazer algo incerto. Eu nem sei se sou o tipo de pessoa que deixa a vida levar ou o tipo de pessoa que planeja para dar certo. E algumas coisas da lista de possíveis futuros precisam de atenção e planejamento para acontecer.
Sei que o mundo não vai acabar e que posso mudar de ideia ao longo da vida. Mas não consigo ser passiva e esperar por algo que sei que vai precisar do meu esforço e dedicação. Não sei o que seria pior: me decepcionar ou nem ao menos tentar.